nú

Estavas deitado a meu lado,
Eu com a cabeça naquela covinha
Que só a mim pertence.
O meu corpo encostado ao teu...
Despido...
Nú...
Encostado no teu, nú...
Nossos corpos molhados diziam tudo,
Nem era preciso falar.
Ou era?

Talvez fosse, mas eu não consegui.
As palavras não sairam.
Não acredido na perfeição,
Mas aquele era um momento perfeito.
Ideal...
Verdadeiro...

Porque não o disse
Quando encostei a minha boca no teu ouvido?
Quando olhei nos teus olhos?
Porque é assim tão difícil dizer o que sinto?
Mesmo agora, que não me sai da cabeça,
Não consigo juntar palavras para te dizer que te...

Acredito que não o disse, nem o digo agora,
Por não ser o momento certo.
Esse, há-de chegar.
E eu sei que virá!
O que sinto é tão verdadeiro...
Tão puro...
Que esse segundo em que o disser,
Ficará para sempre
Na nossa história...
E no nosso Amor...

(17.03.2006)